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sexta-feira, dezembro 21, 2012

Amor: a louca dança dos apaixonados


Bom, eu estou tão enrolada com as minhas leituras que preferi atualizar o blog falando sobre filmes.

Antes disso, preciso dizer como cheguei nesse assunto... "amor"  (ai ai...às vezes parece até um tabu falar essa palavra...e até mesmo escrever).

Há alguns dias eu venho lendo uma história em que parece que há uma espécie de "dança" entre esse casal. Alguma coisa começa a acontecer...sei lá, o ar parece mais estático, as cores diferentes, tudo se intensifica e fica tão dramático e tão, mas tão confuso. E como se toda essa confusão não fosse suficiente, começa a surgir uma necessidade de ficar um perto do outro. Aí sempre parece que tá acontecendo alguma coisa que impede que os dois fiquem juntos. Daí eles se vêem escondidos, não assumindo o que tá acontecendo!!! E os dois querem ficar juntos; demonstram isso o tempo todo mas...mas??? !!!
Eles preferem dançar essa dança.

Aí, eu comecei a assistir um seriado chamado Beauty and the Beast. Lógico que é uma versão beeeeem diferente do conto e traz a história pra realidade...com uns toques de fantasia pq a Fera tem que virar Fera. Não pode ser, simplesmente, um cara nervosinho tendo um dia de fúria. Ah não...ele tem que se tornar uma espécie de versão em miniatura do Hulk...

ENFIM, é outra história em que o casal permanece nessa dança. Quem pega o seriado no meio, como se tivesse passando pelos canais pra ver se encontra algo legal na TV e vê um pedaço do seriado, acaba achando que esses dois namoram. Mas, nah...eles tem um relacionamento.

Eles usam essa palavra como quem usa pra dizer que um relacionamento é simplesmente se relacionar com pessoas!!! E eles são duas pessoas (tirando o DNA mutante do Pqno Hulk) e eles se relacionam como pessoas...o que certamente não é!

Mas pq eles preferem ficar nessa dança louca???

Daí, aparece Mr. Darcy, claro. Na última versão do filme, com a Keira Knightley, tem uma cena maravilhosa em que eles estão dançando (literalmente) em meio a um baile e de repente a "dança louca" dos dois começa e as pessoas somem. Não há mais ninguém além deles dançando naquele salão e eles se olham com aquela mistura de prazer insuportável e frustração irresistível...e a dança persiste. Durante toda a história, só existe essa dança...

Por que a dança é melhor???

Eu não sei!!! Só sei que é!!! É loucura demais!!!

É só lembrar de O Morro dos Ventos Uivantes e O Fantasma da Ópera.

Tanto Heathcliff quanto o Fantasma são tão intensos...intensos demais. Eles representam tudo o que há de mais sensual e sexual e sexy e...ai ai...enquanto o Linton e o Raul parecem dois bobões meio açucarados.

Claro que em um primeiro momento, a Cathy e a Christine se sentem atraídas pelo Heathcliff e o Fantasma. Quem não se sentiria assim??? Eles despertam aquela luxúria que vc guarda dentro de vc pq vc tem mais o que fazer do que pirar por um cara.

Mas aí, vem um Linton e um Raul da vida...vc despreza de primeira, mas eles sempre estão lá...de pouquinho em pouquinho eles vão chegando e então quando vc se dá conta, vc já tá dançando com os "rejeitados". Vc sabe que eles não são como os outros dois, mas eles tem alguma coisa...Alguma coisa que faz vc querer estar perto, querer demonstrar sem assumir pq vc vai assumir o que?? Já é óbvio!!!

Vc já tá no meio da dança louca dos apaixonados...explodindo de uma alegria imensamente dolorosa e uma frustração intensamente prazerosa...

E quanto mais essa dança dura, quanto mais lenta, quanto mais doce, sem pressa, sempre se segurando sem precisar se esforçar pra tanto pq "é dor que desatina sem doer"...quanto mais essa dança dos apaixonados durar, melhor.

Aí, vc se dá conta que embora o Heathcliff e o Fantasma são mais atraentes e não perdem tempo com danças, mas com jogos que não duram tanto...vc prefere o Linton...o Raul...o Mr. Darcy...e todos aqueles caras que vc nem pensaria duas vezes...

Hum...mentira. Vc pensaria sim, mas de uma maneira bem desinteressada...de qualquer forma, vc pensaria de uma maneira beeeeem diferente.

Enfim...

Isso é loucura!!!

Bom...Freud já dizia q apaixonar-se já é um fenômeno patológico. E quem sou eu pra julgar???

Okay...o que é que Moulin Rouge tem a ver com isso?

No filme, o Christian diz algo que muito escritor aconselha pra quem quer começar a escrever.

Ele saiu da Inglaterra e foi pra Paris porque ele queria escrever sobre o amor...mas havia um problema: ele nunca tinha se apaixonado.

Os escritores geralmente aconselham os futuros escritores a escreverem sobre o que eles sabem.

E se você quer muito escrever, mas tá como o Christian???

Como escrever sobre toda essa dança dos apaixonados só se baseando em observações, em contos, etc???

MAS, pq o fato de passar pela experiência é o que te torna qualificado pra escrever isso ou aquilo?


quarta-feira, agosto 01, 2012

Sempre

Agosto chegou!!! Dá até medo!!!

É aquela sensação bizarra de que metade do ano passou e você passou junto...passeou por esses meses sem fazer nada significante, esquecendo de que "significante" pode "significar" muita coisa...enfim, semântica...

Ontem, 31 de julho foi aniversário da JK Rowling (como meio mundo sabe) e do Harry James Potter, que fez 32 aninhos de idade. SIM, 32 aninhos!!! Fandom sempre sabe de coisas que não estão no livro. O Harry mesmo, nasceu dia 31 de julho de 1980.  Dois meses antes de eu dar as caras no mundo...hehehhe

E, claro, aqui vai um trechinho gostoso e doloroso e surpreendente de Harry Potter and the Deathly Hollows (HP 7):

 

Snape é tão Heathcliff... e tão Cathy ao mesmo tempo (O Morro dos Ventos Uivantes ).

Tem uma parte no filme (vi o filme -- com a Juliette Binoche e o Ralph Fiennes-- e a versão mais recente: Tom Hardy e...sei lá quem era a mulher que fazia a Cathy).

O fato é que me lembro bem do filme com a Juliette e o Ralph. Tem uma cena em que ela tá na cozinha, à noite, enquanto tem um temporal lá fora. Ela diz a Nelly o quanto ela despreza Heathcliff, sem saber que ele está ouvindo tudo. Mas, depois de um tempo, ela fica angustiada e confessa "eu sou Heathcliff".

E a história do Snape e da Lily é muito parecida. Não acho que a Lily tenha amado o Snape com tanta intensidade quanto o Snape a amou ou o quanto Heathcliff amou a Cathy.

E dá pra medir a intensidade do amor de alguém?

Os mais afoitos demonstram essa intensidade...mas também existem aqueles que preferem guardar para si, como um segredo, e/ou como um presente para o outro. Só para o outro...quando estão a sós.


Mas até o amor do Snape pela Lily...um amor que durou tantos anos e que só se apagou quando não havia mais vida a que esse amor pudesse se apegar, me faz pensar...será que é isso o que acontece com o primeiro amor? Ou com um que você encontra mais tarde e que te marca de um jeito que é quase impossível de esquecer...será que esse é aquele amor que perdura? Morno como uma chama que está se apagando e que reluz tão pouco que deixa de ter o valor que tinha antes, quando aquecia, mas que agora é quase insignificante...quase porque você sabe que aquela chama fraquinha ainda tá ali...e toda vez que você olha pra trás e a vê, você se pergunta o que deu errado e se pergunta tantas coisas e fantasia tantas coisas...


Isso me faz lembrar um video do Calogero, um cantor francês.



(Não consegui inserir o video aqui).

Enfim...esse clip me lembra (sempre me lembra) a vez em que eu parecia a mulher do clip...fazendo exatamente o que ela fazia.

Eu sei que a melhor coisa que fiz foi me afastar mesmo. Mas ainda assim...

Por que que fica sempre esse restinho...sempre essa lembrança carregada de um sentimento que já passou, mesclada com aquele medo de encontrar o cara de novo? Medo mesmo de sentir tudo aquilo de novo e voltar a agir que nem a maluca do clip?

Ai ai...



sábado, julho 28, 2012

Fics & Kinks

                                                        thesuperhusbands (via Tumblr):
                       "fics make you discover kinks you never knew you had"
Fanfictions!

Não me lembro se já mencionei o que são, etc.

Bom, fanfictions (ou fics) são histórias baseadas, geralmente, em livros. Hoje em dia também se escrevem fics baseadas em filmes, seriados e, "recentemente" sobre atores! *pasmem*
É que o "normal" é escrever histórias usando personagens de livros, filmes, etc. Eu acho muito bizarro ler tais histórias sobre pessoas reais. (E olha que fanfictions não são bem "normais").

Mas valem muito a pena! Tanto ler como escrevê-las. Muitos autores conhecidos hoje começaram escrevendo fanfics. Quer um exemplo?



Cassandra Clare. Cassandra Clare, autora de "Os Instrumentos Mortais" era extremamente conhecida no fandom Harry Potter  por 3 sagas escritas por ela (bom...houve um bafafá de que tinha sido plágio, depois disseram que não, depois não disseram mais nada porque outras fics mais legais surgiram): Draco Dormiens, Draco Sinister e a Draco Veritas.

“I don't want to be a man,” Draco said, tilting his head back and lazily slitting his eyes like a cat in the sun.
“I want to be a depressed, angst-ridden teenager who can't confront his own inner demons, so takes it out verbally on other people.” - Draco Malfoy.

"Draco Trilogy foi uma Fanfic (Ficção de fã) escrita pela autora Cassandra Claire, no ano de 2000 após o lançamento de Harry Potter e O cálice de Fogo, com o intuito de manter Draco Malfoy como foco principal no enredo... Com o passar dos anos essa trilogia se tornou popular no mundo todo, tendo traduções em vários idiomas, e até chegou a ser eleita como a Fic mais popular pelo site Fictionalley.

A 1ª parte "Draco Dormiens" pode ser considerada "fraca" para alguns leitores de fics mais exigentes, mas com certeza sua 2ª parte "Draco Sinister" faz juz a fama de ter sido escolhida como a mais popular.
No ano de 2006 a 3ª parte "Draco Veritas" foi finalizada, e alguns a consideram melhor do que os livros originais. Com muito humor, sarcasmo, romance e aventura, é impossível não se apaixonar pela história.
A Trilogia começou a ser escrita após o lançamento de O Cálice de Fogo, e não inclue informações de Ordem da Fênix, Enigma do Principe ou Relíquias da Morte."


A sinopse da Draco Dormiens era essa (traduzida):

Quando um acidente em Poções transforma Harry em Draco e Draco em Harry, eles são obrigados a fingir que um é o outro. Romance, identidades trocadas, planos realmente astutos, um triângulo amoroso, e muitos beijos.
Olha...eu creio que eu li essa trilogia há uns 10 anos. E era uma febre! Todo mundo que lia fanfic de Harry Potter conhecia essa trilogia e lia. E como lia!

As fanfictions eram mais feitas por conta da angústia dos fãs em ter que esperar e esperar pelo próximo livro da série.  E era até engraçado porque muitas vezes, quando o livro chegava, a gente ainda tava lendo uma fic que era tão boa que a gente não queria largar pra ler o livro (mas, lógico que a gente largava! Salve, Salve Rowling!!! Sem falar que as atualizações das fics demoravam. As da Clare então eram as mais demoradas. Cada capítulo era quase um livro de tão extenso).

E, como superhusbands disse, e eu cito novamente:

   "fics make you discover kinks you never knew you had" 


Fato! 

Ler uma fic é a mesma coisa que ler um livro. Uma pessoa teve uma ideia, teve uma inspiração e escreveu uma história. É óbvio que sempre escapa algo da experiência de vida do autor pra dentro da obra.
E ler, é sempre um encontro com o desconhecido. Você nunca faz ideia do que é que você vai encontrar em um livro, em uma fic...você nunca sabe o que é que você vai encontrar e que vai mexer com você de tal forma que te ajude, inclusive a saber mais sobre você mesmo.
E muuuuuuuitas fics...hehehehe...bom, eu mesma fiquei surpresa com a quantidade de kinks que eu tenho e que nem fazia ideia de que tinha! hahahahha

Ah, outra autora maravilhosa e cheia de fãs que amavam suas fics era a Maya. A Maya teve que parar de escrever fanfictions (acho até que ela teve que parar de usar o Live Journal dela) porque ela também se tornou escritora.



Ela precisou tirar as fics dela dos sites em que ela postava (graças a Deus eu consegui pegar o arquivo com todas as fics dela) por que ela havia se tornado escritora e ia publicar o primeiro livro: The Demon's Lexicon.

Ainda não li, assim como ainda não li Cidade dos Ossos mas, vou ler!

Esse é o site da Sarah (que, infelizmente, está em manutenção agora). Mas ainda assim, vale a pena dar uma olhadinha no facebook, twitter e tumblr dela (o que pretendo fazer agora mesmo).

As autoras de fanfiction são o máximo! E elas, de um jeito ou de outro, não apenas nos ajudou a descobrir mais e mais sobre nós mesmos, como também incentivou muita gente a escrever e também ajudaram a fazer os fãs, adoradores de fics, a se conhecerem. Muita gente que usa o Live Journal (cof cof...eu) usa só pra coisas relacionadas a fandom e assim, o povo (de várias nacionalidades) vai se conhecendo...e vai discutindo fics, livros, filmes, etc.

É muito bom!!!

Bom, quem tem curiosidade em saber mais sobre fanfictions pode dar uma olhada nesses sites:

Fanfiction no Wikipedia (aqui você descobre de tudo e mais um pouco)

Fanfiction.net/Books (o Fanfiction.net é o site mais conhecido de fanfictions. Nessa seção de livros, você encontra os livros em que várias fanfictions foram baseadas. Harry Potter é o que tem o maior fandom)

Fanfiction.net (Home do Fanfiction.net. Aqui dá pra ver no que as fanfictions são baseadas: jogos, livros, filmes, anime...)

Harry Potter Lexicon Pra quem está curioso sobre Harry Potter e/ou gosta, esse site é uma delícia. Explica quem é quem, o que é o que, quando ocorreu o que...TUDO sobre a série Harry Potter.


Enjoy!!!

quarta-feira, julho 25, 2012

Memórias...

O último livro que li (o que aconteceu há alguns dias), foi Antes de Dormir de S.J. Watson.

"Todas as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme. Seu marido, Ben, é um estranho. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que tornou Christine uma amnésica. Encorajada por um médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias mas acaba descobrindo que a única pessoa em que confia talvez esteja contando apenas parte da história."

Este é um romance de estreia  do S.J. Watson. E é incrível!!! Cheguei até a pensar que era algo impressionante. Que alguém como o Watson conseguisse ser tão bem sucedido em um romance de estréia...
Mas, depois me lembrei que outros autores também escreveram obras incríveis logo na primeira publicação. O exemplo que eu seeeeempre citarei é a J.K. Rowling, claro.

Enfim, eu recomendo esse livro. Quem você seria se não tivesse memória de quem você é? Ainda mais que, todos os dias, você acorda confuso e recebe muitas informações sobre você mesmo. Uns 20 anos de memórias perdidas jogadas em você durante uma parte do seu dia. Inclusive, a terrível informação de que amanhã, você não lembrará de nada do que te disseram hoje. E então, seu marido vai te contar tudo sobre esses 20 anos esquecidos...o que ele faz há anos.

De início eu achei isso muito estranho. Como alguém teria tanta paciência pra te contar todo santo dia a mesma coisa? E ver você surtando todo dia de manhã quando descobre que embora você ainda acredite que tenha uns 27 anos, você já tem 47?!

Bom, daí você pensa no óbvio: o cara realmente ama essa mulher.

Mas e o que ele diz? Será que tudo o que ele diz foi o que realmente aconteceu? Será que ele está escondendo alguma coisa? Dá pra confiar?

Se você já perdeu a consciência algum dia, você sabe que perdeu mais ou menos uns 10 minutos de memória. São aqueles minutos que antecederam algo que te deixou inconsciente. São os 10 minutos perdidos. Dez minutos que sumiram da sua existência. Um pedacinho da sua história que ficou perdido. E quando te contam de má vontade e bem resumido o que houve? Dá pra confiar? Dá pra acreditar que foi daquele jeito?

Mas, voltando ao livro, por quê ele nunca sugeriu que ela escrevesse um diário? Que ela registrasse todos os dias os flashes de memória que ela tinha além das informações que ele dava? Isso já iria poupar muita dor pra ele mesmo (dor porque certas lembranças vêm acompanhadas com uma carga de dor).

A ideia do diário veio de um médico.

E conforme ela vai escrevendo, ela vai se lembrando de algumas coisas (que ela também anota).

Quando eu fiz 12 anos, eu comecei a fazer um diário. Era mais um "art journal" que um diário mesmo.
Mas eu continuei. Em um momento da minha vida, quando eu tinha uns 20 e poucos, eu cheguei a pensar em desistir porque escrever diário era uma coisa boba e infantil.

...Depois eu deixei de ser boba e infantil e voltei a escrever no meu diário.

Bom, na minha opinião, escrever um diário é ótimo. Você joga no papel o que está acontecendo naquele momento. Você escreve sobre o que você sente...E sempre acha que está escrevendo muita porcaria. Mas não é porcaria. É um retrato de quem você é, naquele momento. Um dia, quando você lê um dos seus diários antigos, você se dá conta do quanto você mudou, do quanto você aprendeu...É um livro!!! E você é a personagem principal!!!

O que eu achei curioso é que eu nunca pensei nas várias utilidades de um diário. No caso do livro, a Christine perdeu a memória e ela não tinha a versão dos fatos da forma como ela os via. As lembranças que o Ben contava, vinham da percepção dele. É quase como ver algo acontecendo na rua olhando por um desses vidros todo trabalhado em que você vê tudo meio disforme. Mas alguém que estava na rua entra em casa e te conta o que viu. É o mesmo acontecimento. Percepções diferentes. Nunca é a mesma coisa.

Mas, se você tem um diário, você não fica tão perdida. Você começa a ler e sabe que é você. Você não perde sua identidade.

Um diário é como uma carteira de identidade extremamente detalhada...e muito íntima.

Bom, taí as dicas: leiam o livro e, aproveitem o dia do escritor pra começar a colocar no papel uma história: a sua. :-)

segunda-feira, junho 11, 2012

O pior cego é aquele que não quer ver

Todo primeiro semestre do ano, na Alliance Française, nós temos que fazer uma pequena apresentação oral (para horror dos tímidos e felicidade daqueles que estão loucos para contar alguma coisa em francês pra turma).

No ano passado eu falei sobre os primeiros habitantes da Île-de-France, região onde Paris está localizada, os Parisii.

Neste ano, nossa prof nos pediu para falar sobre algum livro. Eu queria muito falar sobre um livro do Balzac que estou começando a ler (junto com os outros trocentos que estou lendo também): A Duquesa de Langeais. Procurei feito louca esse livro na mediateca da Aliança só pra descobrir que não havia um livro do Balzac chamado "La Duchesse de Langeais"...é...mas daí, uns 3 dias antes da minha apresentação eu descobri que sim, eu havia até manuseado esse livro na mediateca..só que em sua primeira publicação (em 1834) seu nome era outro: "Ne touchez pas la hache" (algo como "não toque o machado").

Enfim, apresentar um livro que usei na minha primeira apresentação na Aliança (em 1998), que foi um horror, já que eu era extremamente tímida: A Sinfonia Pastoral de Andre Gide.

Ultimamente andam falando sobre as ligações do Gide com o nazismo MAS, isso não tem importância agora.


A Sinfonia Pastoral  é um livro um pouco...angustiante. A história em si, se for resumida em poucas palavras não é muito interessante não.
Mas isso é o que é incrível nas histórias: mesmo quando parecem bobas e sem significância, se você olhar bem, você descobre muita coisa...coisas muito interessantes.

Nessa história, um pastor relata, em um diário, acontecimentos que ele viveu uns dois anos antes, quando ele conheceu e trouxe pra casa Gertrude, uma garota cega de quinze anos... mais ou menos a mesma idade do filho mais velho dele : Jacques.

O pastor era casado com Amélie e tinha 5 filhos. Sua esposa não gostou nada quando ele trouxe Gertrude pra casa. Ela já podia antever o que estava para acontecer.

Mas, o que acontece quando um homem, como o pastor e seu filho mais velho se apaixonam por Gertrude?

Coisa boa é que não é!

Ainda mais quando ela, que era cega, recupera a visão depois de uma cirurgia e fica confusa com o que vê e com o que percebe a sua volta.

Mas o pior de tudo é a cegueira do pastor. Ele pode ver, enxergar tudo...mas sua cegueira não é física; é moral mesmo. E quando junta religião no meio...aiiiii...fica tudo muito pior.

Quando Jacques lhe diz que quer se casar com Gertrude, o Pastor fica horrorizado. Pra ele isso é um escândalo, uma imoralidade, um pecado mortal ou sei lá que tipo de pecado pode ser. Pra ele, é como se Jacques tivesse lhe dizendo que queria se casar com a própria irmã.

Mas, seguindo essa linha de pensamento, se a relação entre Jacques e Gertrude fosse incestuosa, qual seria a dele então????

O pior cego é aquele que não quer ver.

O Pastor achava normal, sublime. Ele não conseguia, ou melhor: não queria, ver que o que ele fazia era errado. Ele era casado, tinha cinco filhos e estava apaixonado por uma menina que podia ser sua própria filha??? E isso não era pecado???!!! Mas o amor do Jacques era...

É horrível!!! Ele fica escrevendo sobre esses acontecimentos de forma como se ele estivesse escrevendo um texto que ele iria pregar para os fiéis dele...ele mescla religião com essa loucura, essa obsessão por essa menina...e isso é...nojento! Me desculpem, queridos leitores, mas eu acho nojento.

É como na história de O Corcunda de Notredame (Notre-Dame de Paris de Victor Hugo). Também há esse conflito amor-Deus. Claude Frollo se apaixona por Esmeralda, se sente tentado por ela e vê sua postura religiosa ameaçada por essa paixão e resolve que o melhor a fazer é matar Esmeralda. Assim a tentação acaba. Simples assim.

Esse conflito desejo-religião é o que torna a história angustiante. E essa cegueira é o que torna mais angustiante ainda. O Pastor do Gide não é tão diferente do Frollo do Victor Hugo. São cegos! Cegos de desejo.

É o tipo de cegueira em que o cego se recusa a ver o que está bem diante do nariz! Não adianta mostrar, apontar pro nariz...ele nunca vai ver. Ele não quer ver. Provavelmente porque o desejo é ainda mais forte do que a vontade de ver...não sei.

A Sinfonia Pastoral também me fez lembrar  da apresentação de um dos meus colegas da Aliança. Ele falou sobre um livro de Emmanuel Carrère: La Moustache (O Bigode).

Nesse livro, que também foi adaptado para o cinema, Marc é um homem que tem um bigode e esse bigode é a sua marca registrada.



Um dia, ele resolve tirar o bigode pra ver como fica. Até acha que deve ficar irreconhecível. Só que, depois que ele tira o bigode, ninguém nota diferença. E quando ele menciona que tirou o bigode, todo mundo diz "mas que bigode? Você nunca teve bigode."

E isso vira um tormento na vida dele. Ele via o bigode, mas ninguém via. E isso causava uma angústia enorme pra ele porque ele acreditava que o bigode era sua marca; fazia parte de sua identidade.

E como meu colega mesmo comentou, lá estava a cegueira. O bigode que fica bem embaixo do nariz e não é visto.


Realmente, o pior cego é aquele que não quer ver. 

terça-feira, maio 29, 2012

"My heart is...and always will be...yours..."

 

"My heart is...and always will be...yours..."
Edward Ferrars to Elinor Dashwood
by Jane Austen




Uma coisa é assistir a incrível adaptação que a Emma Thompson fez desse romance e outra, é ver uma tentativa... bem decepcionante mesmo, de adaptar esse romance para os dias de hoje e ainda misturar com conflito de cultura...ah, uma loucura!


Me refiro a um filme muito bobo que assisti: From Prada to Nada. (Sem Prada, nem nada)


Duas gurias órfãs de mãe, moram com o pai que morre no dia do aniversário. E elas que são ricas, moram em uma mansão e etc, etc, ficam chocadas quando descobrem que o pai estava falido e que elas tinham um meio-irmão, casado com uma mulher insuportável. A cunhada insuportável determina que o irmão caçula, que por mera coincidência se chama Edward Ferrars ocupe o quarto da irmã caçula (Mary) por causa da vista. Algo familiar aí?

Não há um Robert Ferrars. Mas há uma Lucy bem insossa que, logo após um mal entendido que surgiu depois de um porre de tequila vira, do dia pra noite, a noivinha do Ferrars....

Não vou nem comentar o que houve nesse meio tempo porque quando esse Edward Ferrars pede a Elionor, ops, a Nora em casamento....*choque*


O pedido desse Edward foi bem sem emoção e bem " My heart is and always has been yours...I love you Nora (...)" Como se ele estivesse dizendo algo sem importância.

Coitada da Jane Austen...deve ter se revirado no túmulo!!! Essa foi uma das piores adaptações que já assisti.
Eu sei que uma adaptação de um romance para o cinema é muito complicada. Muita coisa tem que ser deixada de fora. Mas do jeito que fizeram essa daí, a impressão que me deu é que esse filme é um Frankstein muito mal acabado.

E em relação ao pedido de casamento...esse último pareceu tão...vazio. Sem emoção nenhuma. Aliás, até a circunstância em que o pedido foi feito foi muito bizarra e sem conexão com a história. Já a versão da Emma Thompson... o Edward (Hugh Grant) se declara pra Elinor com tanta emoção...dá pra sentir o peso das palavras dele...SENTIR e não só OUVIR o que ele diz. E as pausas causam uma espécie de antecipação, de expectativa e de, ao mesmo tempo, tanta certeza do que está por vir que é insuportável.

Você consegue empatizar com a Elinor e sem saber explicar, você entende porque ela chora quando ele diz que não se casou com a Lucy. E quando ele começa a se declarar...é tudo tão maravilhosamente insuportável e forte que ela não consegue parar de chorar. Parece que algo dentro dela vai explodir. Ela SENTE o peso de cada palavra que ela OUVE dele. Sem falar na intensidade dos outros sentidos...poder VÊ-LO diante dela, provavelmente SENTIR o cheiro dele, ou até mesmo das flores, da grama lá fora...de qualquer coisa que ela vai associar com aquele momento...provavelmente SENTIR algum gosto na boca...ou não sentir nada...vai que a boca ficou seca??? E SENTIR, com antecipação e expectativa, a mesma certeza do TOQUE dele.

É uma verdadeira explosão de sentidos...tão maravilhosamente insuportável porque é algo que não cabe em si. Uma alegria que dói.

Uma única "cena" em um livro...uma única "cena" em um filme pode proporcionar, mesmo que por breves míseros segundos, o gostinho de vivenciar tudo isso...

E então, quando eu me deparo com uma cena tão mal escrita, tão mal formulada, tão vazia de sentimentos como foi a desse filme...eu fico chocada! Horrorizada mesmo!!!

Acho que eu sou um pouquinho parecida com a Marianne Dashwood...que não suporta ouvir o Edward Ferrars lendo o soneto 116 do William Shakespeare sem o mínimo de emoção e ela o ensina como ler aquele soneto...

"De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora,
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou"


E, quase no finalzinho do filme, quando ela vai até a casa do Willoughby, embaixo daquela chuva tão significativa pra esse soneto, ela recita o comecinho do soneto...e é tudo muito intenso...



Eu realmente não sei fazer um review de um filme, de um livro...não consigo ser imparcial. Razão e Sensibilidade é o meu romance favorito da Jane Austen...
O soneto 116 do William Shakespeare é realmente o meu soneto preferido dele...

O romance e o soneto fazem todo o sentido pra mim. Eu realmente gostaria de ser imparcial mas não consigo...e nem sei se quero...e nem sei se devo. 

quinta-feira, abril 26, 2012

O retorno do recalcado



Há alguns meses precisei trancar minha pós. Naquele momento, eu tinha acabado de escrever um trabalho (como um artigo, só que menor) sobre um tema da minha escolha relacionado à Metapsicologia - 1ª tópica. Nem vou entrar nos detalhes sobre o que é isso. Mas me lembro que desde o início eu tava pensando em escrever sobre Psicossomática, sobre essa relação psiquê e o corpo...em como muitas doenças podem ser manifestações psicológicas...de algum trauma, por exemplo...

Mas isso não aconteceu...aliás, eu acredito que quando você estuda algo como Teoria Psicanalítica, o próprio objeto de estudo acaba mexendo demais com você...principalmente quando se trata de algo tão íntimo...como sua mente. Às vezes, eu me sentia "nua" nas minhas aulas. Olha, eu adoooooro Freud, adoro a Teoria Psicanalítica e mesmo não acreditando cegamente em tudo o que Freud acreditava, eu tenho que dizer que na maioria das teorias formuladas por ele, eu conseguia me "ver" ali, como um exemplo do que ele tava falando.

É fato de que quando você estuda Psicologia, Psicanálise e afins, você passa a ter essa sensação horrível de que você tem tudo o que está nos livros...

Tá, dei essa volta toda pra tentar explicar porque foi o tema do meu trabalho que me escolheu ao invés do contrário.
Quando dei por mim, eu estava escrevendo sobre ...narcisismo!!!! NARCISISMO!!!! O que é que isso tinha a ver comigo? E com o meu interesse em psicossomática? Nada!!!

Mas durante as semanas que estudamos sobre Narcisismo, falamos muuuuuuito sobre paixão *pasmem*.
E o que a paixão tem a ver com o narcisismo? Eu também me perguntava isso. Daí, descobri: TUDO!!!!

E eu, que havia há algum tempo sufocado meu romantismo e tentado me tornar cínica e indiferente, me peguei, numa manhã de quinta-feira (dia da entrega do trabalho) escrevendo "A Paixão: Um fenômeno narcisista".

Okay, o título não é lá essas coisas não.
O fato é que me peguei escrevendo sobre a razão pela qual todo mundo se apaixona...quer dizer, não consigo acreditar que um psicopata seja capaz de se apaixonar, mas essa não é a questão. O fato é que, segundo Freud, as pessoas se apaixonam devido a um mecanismo de defesa que ocorre lá no comecinho da infância. Não vou entrar em detalhes sobre isso aqui porque não vem o caso. Mas acontece.

E então, surge essa pessoa na sua vida. Essa pessoa especial. Essa pessoa que, de repente, ficou tão inacessìvel, inatingìvel. Essa pessoa é aquele cara (ou aquela mulher...vai da preferência da pessoa) que tá sempre em um pedestal. Ele é TUDO. Ele é lindo, é legal, é inteligente, super seguro de si, confiante, ele sabe tudo!!! Ele é quase um deus e você é um nada perto dele.

Aí, você não dorme porque não para de pensar nele, de fantasiar sobre ele, de imaginar mil e uma cenas em que por um milagre, por alguma coisa fantástica que tenha acontecido no universo, ele te viu!!! E então vocês estão juntos e você não consegue respirar de tanta alegria e de tão chocada que você está por isso ter acontecido...e de medo. Medo de que isso seja um sonho...de que não seja real, de que não vai durar, de que você é só um passatempo enquanto ele não encontra alguém à altura dele, porque você com certeza não está. (É o que o Freud chamava de "enfraquecimento do ego diante da supervalorização do objeto de amor").

Daí, você se pega desejando que tudo dê errado logo, que a decepção venha logo. Vem aquela sensação de auto sabotagem. Parece que antes dele te notar, sua vida era melhor! Você vivia angustiada mas tinha esperanças. Uma esperança dolorosa que te fazia acordar todos os dias torcendo pra que aquele dia fosse diferente...mas quando esse cenário muda, quando ele percebe a sua existência, tudo muda!

Primeiro vem aquela angústia do medo do abandono, depois as dúvidas quanto ao que ele realmente sente, depois ele vai ficando diferente e seu medo, sua angústia vai virando...raiva...sei lá!

Você começa a se perguntar o que foi que você viu nesse idiota!

Paixão não satisfeita dói. Mas a paixão satisfeita dói muito mais (como já dizia T.S. Elliot).

Antes de você, querido leitor ou leitora me acusar de estar sendo radical demais, pessimista demais, equivocada demais, só posso dizer umas 2 coisinhas a meu favor:

1. Essa é a paixão e não o amor. A paixão vai até esse estágio em que você percebe que esse cara não é aquele que você pensava que fosse. Ele é um idiota. Fala muita besteira, conta piada sem graça....oh...ele tem defeitos!!!! Não tem um pedestal embaixo dele não. Ele é tão humano, tão imperfeito quanto você.
2. Depois dessa decepção, vem o amor. Pelo menos é nisso que eu acredito...pronto, falei! Lá no fundo eu acredito nisso sim. Acredito que depois que você pára com a teimosia de tentar ver esse "novo" como o cara do pedestal, você começa a gostar do idiota. Os defeitos dele vão te deixar louca. Mas quando vocês estiverem longe, você vai sentir falta até desses defeitos...

Não sei...acho que até hoje eu nunca cheguei nesse outro estágio. Só fui até a paixão satisfeita...e provavelmente foi isso que me fez querer sufocar meu romantismo a qualquer custo. E isso nunca dá certo. Freud também já falava sobre essas coisas que você sufoca (recalca) pra não se machucar. Elas sempre, sempre dão um jeitinho de voltar pra sua vida (é o retorno do recalcado!).

Se não fosse por isso, eu não teria reagido tão mal quando minha irmã me contou sobre um "conto de fadas" que aconteceu com um amigo dela e que me lembrou tanto da minha última experiência dolorosíssima de "paixão satisfeita" e também, se não fosso por isso, por que é que eu continuo assistindo comédia romântica, torcendo por casais, lendo um livro chamado Manual para românticas incorrigíveis ???????

Pois é....esse post surgiu do nada! Eu ia só comentar que estou gostando do livro...que é legalzinho (não tá me prendendo muito não) e dizer que agora o blog tem playlist (YAY).

É...aí eu acabo escrevendo quase um livro...affff


quinta-feira, abril 19, 2012

Tumblr

Olá queridos!!!







Esse post é bem curtinho. É só para dizer que, logo logo postarei novamente.


Enquanto não escrevo, vocês podem visitar meu outro blog:






http://shesalwaysreading.tumblr.com/



Eu ainda não postei muito nesse outro blog. Também vou atualizá-lo asap. Aaaah, para quem fala inglês, eu escrevo em inglês no blog (por favor, desculpa por eventuais erros em inglês).



;-)

terça-feira, abril 17, 2012

Post novo!!!!

Heeeey, tô viva!!!



Queridos leitores, peço perdão pelo tempo que fiquei sem escrever absolutamente nada aqui. Como diz minha melhor amiga (éeee...eu tenho melhor amiga sim :P) : "muitas reviravoltas". Pois é. As reviravoltas foram tantas que me impediram de dar um pulinho aqui no blog. Mas, essa Gata de Botas aqui conseguiu vencer os últimos obstáculos (leia-se "notebook narcoléptico"...sabe? Quando o note começa a dar problema, super-aquece e desliga? Pois é. Foi o que houve com o meu e agora meu técnico tá tentando consertá-lo há uma semana...) ENFIM, isso não é importante.





Vamos às novas!!!




Assiti Jogos Vorazes. Ainda não li os livros e, vendo o filme, fiquei com aquela sensação de que
tem algo mais nessa história (claro). Olha...não sei o que é pior: assistir adaptações de livros antes de ler a série ou deixar pra ler os livros depois de ver os filmes.

Não sei...

Quando assisti Senhor dos Anéis eu não tinha lido uma linha sequer do livro. AMEI do mesmo jeito. Infelizmente ainda não comprei e nem li o livro. Mas acho que, pelo fato da história ser tão grande e tão detalhada, eu não tive essa sensação de que faltava algo nos filmes. No entanto, Jogos Vorazes me deixou muito curiosa. Tô louca pra ler os livros da série.





Nesse momento estou lendo vários livros ao mesmo tempo...o que significa que tem dias que eu não pego em nenhum porque fico na dúvida...heheheh...


Os livros que estou lendo são:
Tem alguém aí? da Marian Keyes.



Sinopse: O livro conta a história de Anna, que, após sofrer um acidente de carro em Nova York, volta para a Irlanda a fim de se recuperar ao lado da família. Contudo, após um tempo com os pais, ela decide que é hora de voltar para os Estados Unidos e reencontrar o marido Aidan, os amigos e retomar seu emprego como relações públicas da Candy Grrrl, empresa de cosméticos. Chegando a Nova York, Anna não encontra Aidan - ele não retorna seus telefonemas, emails e mensagens de voz. O que terá acontecido com ele? Porque ela não recebeu nenhuma ligação do marido enquanto esteve fora?

Ainda estou no comecinho...Anna Walsh ainda está na Irlanda. Mas desde o início, além de engraçada, essa história te deixa intrigada. Acho que é o estilo da Marian Keyes que deixa qualquer um intrigado. Você mergulha na história em um determinado ponto que te deixa bem curiosa. Logo de cara você percebe que a Anna sofreu um acidente. Mas daí, você começa a se questionar "Como? Quando foi isso? O que houve? Por que o Aidan "sumiu"???" A história te deixa bem intrigada...e olha que eu tô bem no comecinho do livro e nada do que estou contando pode ser considerado spoiler já que a resenha do livro já te passa bastante informações. É um pouco cedo pra recomendar, mas estou gostando...e tô muito curiosa.


Se você me visse agora da Cecelia Ahern (mesma autora de PS: Eu te amo).


Sinopse: Elizabeth Egan não tem tempo para amigos e muito menos para a imaginação fértil do sobrinho Luke que, aos seis anos, acaba de conhecer Ivan, um amigo imaginário. Ao notar que Elizabeth às vezes pode ouvi-lo e sentir que está por perto, Ivan resolve conhecê-la melhor e, a partir daí, começa a aparecer frequentemente em sua vida, levando-a a sair de seu ritmo normal e retilíneo.


Essa é a primeira vez que encontrei um livro falando sobre amigos imaginários. A maneira como o Ivan aparece na vida do Luke e da Elizabeth é meio confusa...principalmente quando o Ivan aparece para a Elizabeth. Não é a autora e, provavelmente, nem a história que são confusas. A Cecelia Ahern é uma autora incrível e muito sensível e observadora. A história vai se construindo aos poucos e por isso a gente fica um pouco confuso...por conta das hipóteses que começama a surgir na nossa mente. É como se você ficasse tentando adivinhar o que está por vir. Aliás, acho que os melhores livros são assim. Te prendem porque causam essa angústia do "por vir". Você fica louco de vontade de saber o que vai acontecer e coisas do tipo. É muito interessante!!!



Manual para românticas incorrigíveis da Gemma Townley (mesma autora de Curvas de Aprendiz, Mentirias Inocentes, etc. Ahhh, ela é irmã da Sophie Kinsella).


Sinopse: Apesar dos protestos de amigos, Kate Hetherington ainda acredita ser possível achar seu príncipe encantado. Quando encontra um antigo guia , entitulado "O Manual para românticas incorrigíveis", Kate decide dar uma chance ao seu romantismo e seguir as dicas do livro para encontrar o parceiro ideal. E este será apenas o começo de uma aventura para a qual nenhum manual terá respostas.



Bom, ainda estou no começo do livro...quando a Kate encontra o Manual. Ainda não está me prendendo...talvez pelo fato de que eu já fui uma romântica incorrigível e também queria uma espécie de manual. Mas, a vida real me fez acordar e me livrei dessas ideias românticas bobas. Sinceramente eu espero que o mesmo aconteça com a Kate.


Existem outros livros que comecei e larguei logo por conta desses que estou lendo...existem livros que li e que ainda nem mencionei aqui e que eu realmente gostei muito; existem aqueles que estou relendo (é vício mesmo! Quando eu gosto de um livro eu releio, releio, releio...).


Mas tem um que quero ler: Jane Eyre. Comprei a versão bilingue e ainda não peguei pra ler. Estou ansiosa pra ler porque vi o filme ( o com o Michael Fassbender) e fiquei encantada!!! Principalmente pela parte em que ele conta a verdade pra ela: http://youtu.be/8JrJ47x-Ypg






Bom, pretendo atualizar o blog com mais frequencia. Vou tentar terminar um dos livros logo e postar mais coisas novas...heheheh

PS: O layout do blog tá com alguns probleminhas que vou tentar resolver assim que tiver meu notebook de volta. ;-)